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sábado, 30 de maio de 2009

Frank Zappa: Peaches in Regalia

Mais um génio convidado para este espaço: Frank Zappa. Escolher uma música do reportório vastíssimo é extremamente complicado. Escolhi a primeira faixa de um dos meus discos preferidos de Zappa: "Hot Rats". Esta instrumental (como todas as músicas deste disco, tirando o fabuloso "Willie the Pimp" cantada pelo Captain Beefheart) combina técnica, qualidade e originalidade.

Há muitas versões desta música, esta não é a melhor mas deixa claramente a sua ideia. Esta música aparecia frequentemente ao vivo o que, para um artista que tem mais discos que todos os outros juntos, mostra o seu valor.

De certeza que deixarei ao longo do tempo muitas outras músicas daquele que eu considero o maior trabalhador da música dos tempos modernos.

Notas:
  • Parte da letra do "Smoke on the Water" tem inspiração num concerto do Zappa. 
  • Zappa ficou em cadeira de rodas depois de um fã o atirar abaixo do palco. Durante esta queda Frank teve problemas na sua faringe/traqueia/... (ou outra parte do corpo que não me lembro) que implicaram uma mudança na sua tonalidade de voz.
  • Zappa liderou vários movimentos anti-censura no mundo da música.
  • Zappa não se drogava (não que nunca se tivesse drogado) e quase foi expulso do SEU grupo por isso.
  • Ouçam o "We're only in it for the Money" e o "Hot Rats". 


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Nick Drake: Time has told me

Mais um dos meus intocáveis: Nick Drake. Personagem misteriosa, mas com uma qualidade musical imparável. A música dele é intimista e de uma honestidade tremenda. 

A música que escolhi é o primeiro tema do primeiro disco, Five Leaves Left. Curiosamente, cinco anos depois da publicação do disco, Nick desaparece com uma overdose de antidepressivos... 
Cantor de culto, com apenas 3 discos de originais, todos classificados com 5 estrelas na AllMusicGuide (www.allmusic.com). O seu primeiro disco tem a participação especial de Richard Thompson (dos Fairport Convention - brevemente colocarei uma música deles) e de Danny Thompson (dos Pentangle).

A letra é, ao estilo de Nick, fantástica... "Time has told me you're a rare rare find... Troubled cure for a troubled mind..."

Notas:
  • O último disco de Nick Drake, "Pink Moon" tem menos de meia-hora. Quando questionado porquê, respondeu que não tinha mais para gravar;
  • Nick foi sempre extremamente "discreto", não gostando actuar ao vivo porque as pessoas não lhe davam a devida atenção;
  • A afinação da guitarra dele raramente utilizava o esquema habitual.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

The Velvet Underground: Heroin

Os Velvet são para mim a banda mais "cru" da história da música. Cru, não como o meu arroz, mas como o fruto que se colhe directamente da árvore e se saboreia, sabendo que não tem pesticidas. 

Escolhi a música "Heroin" não como um manifesto pró/anti/... drogas. Escolhi-a pelo que representa no mundo da música. Esta terá sido das primeiras músicas a falar tão abertamente sobre o assunto. A música foi escrita em 64, mas só aparece editada em 67. A dinâmica da música é fantástica e adoro o "feeling" cheio de adrenalina que transmite.

Esta música é retirada do disco "Velvet Underground & Nico", também conhecido como "o álbum da banana". Um disco obrigatório em qualquer discografia.

Este é um péssimo vídeo, na verdade é uma imagem, e a versão também não é a melhor, mas não consegui arranjar melhor... Sorry...


Notas:
  • Andy Warhol é responsável pela capa e pela produção... Lou Reed e John Cale irão (muito) mais tarde escrever um disco totalmente dedicado a Andy Warhol: Songs for Drella (mistura de Dracula com Cinderella).
  • A capa original permitia descascar a pele da banana para encontrar uma banana rosa.
  • Diz-se que praticamente ninguém tinha este disco mas quem o tinha formou uma banda.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Danny Elfman: Ice Dance

Voltando à melancolia, escolhi uma música que considero MESMO especial. Talvez a música mais bela que já ouvi. E mais uma vez está num dos meus filmes preferidos: "Eduardo Mãos de Tesoura" (Edward Scissorhands). Toda a banda sonora é de uma beleza rara, mas esta é a faixa que mais gosto e combina fantásticamente com a cena do filme que vos mostro. Combinava também, na altura, muito bem com o amor de Johnny Deep e Winona Ryder. Mas isto são outras histórias.

A melodia é extremamente simples, e repete-se, embora com inúmeras variações durante toda a banda sonora, mas nesta faixa combina majestosamente com os coros. 

É-me impossível ouvir esta OBRA DE ARTE sem pensar no dia seguinte à noite em que vi pela primeira vez (na altura de Natal, e por isso, felizmente tinha dinheiro) em que fui a correr comprar este fabuloso disco na já defunta Roma Mega Store. A partir daí comecei a estar muito atento a tudo que estava relacionado com o Danny Elfman, compositor desta OBRA DE ARTE :) 

Deixo-vos dois vídeos, o primeiro com a cena do "Ice Dance" e o segundo, um teaser do filme. Este último está mal "marcado" e não é o "Ice Dance" mas sim o final do filme.

Notas:
  • O duo Tim Burton / Danny Elfman produziu até agora filmes de extrema qualidade: "Marte ataca", "Eduardo mãos-de-tesoura", "Big Fish", "Beetlejuice", entre muitos outros. Podemos por vezes juntar a estes dois um outro elemento que forma um dos meus triângulos preferidos: Johnny Deep
  • Não sei se já consegui ver o filme do início ao fim. Quando o vi na TV, porque falhava no início, quando o vi em DVD porque a última cena é tão triste... acho que irei chorar sempre.


Oingo Boingo: Dead's man party

Tal como prometido, aqui vai uma música mais mexida: Dead's man party de, uma das minhas bandas preferidas, Oingo Boingo.

A história é simples: "I'm all dressed up with no where to go...". É normal, está morto. A partir daqui inicia-se uma festa onde temos que deixar os corpos à entrada. 

A combinação da "Horn section" com a música pop/rock dos Oingo é das mais valias desta fantástica banda.

Não encontrei o vídeo original, mas coloquei um que inclui uma montagem do  "Nightmare before christmas" (único filme que sei todas as falas) e também da "Noiva cadáver" (Bride's Corpse). A banda sonora destes filmes é da autoria do líder e vocalista dos Oingo Boingo: Danny Elman.

Notas:
  • Danny Elfman, líder da banda é muito conhecido pelo seu trabalho no cinema: "Eduardo mãos-de-tesoura" (Edward Scissorhands), "Estranho mundo de Jack" (Nightmare before christmas), "Marte ataca" (Mars attack), "Beleza negra" (Black beauty), "Sommersby", ...
  • Danny Elfman é também o autor da música do genérico dos Simpsons;
  • Steve Bartek, guitarrista da banda, acompanha frequentemente Elfman nas suas incursões pelo cinema como orquestrador;
  • Os Oingo Boingo "descendem" dos "Mystic Knights of the Oingo Boingo", banda teatral com uma sonoridade fora do comum;
  • Os Oingo Boingo são fortemente associados ao Halloween, dia onde actuavam sempre e também data onde actuaram pela última vez em 1995.
  • Já estive com o Danny Elfman pessoalmente, tendo-me dito que eu tinha mais CDs dele do que ele próprio. Também já estive com o irmão Richard Elfman (ex-membro dos "Mystic Knights of the Oingo Boingo" e actual produtor de cinema).

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Beck: Everybody's gotta learn sometime

Olhando para a lista de músicas até agora seleccionada, tenho que admitir que talvez ande mais nostálgico do que o que eu pensava... É só música calma... Assim prometo que as próximas músicas serão mais mexidas.

A música que escolhi, "Everybody's gotta learn sometime" (orginal dos Korgis) interpretada por Beck (de quem confesso conhecer muito pouca música) marcou-me mal vi o fantástico filme "Eternal sunshine of the spotless mind".

A letra é, embora muito simples, muito interessante. No fundo resume-se ao título, todos nós temos que aprender... mais cedo ou mais tarde. Vou tentar é errar menos (isto já é meu).

Não queria voltar ao "bla-bla-bla" do coração que pára e da respiração que deixa de se fazer, mas é o que sinto... Prometo das próximas vezes ser mais poético. Tipo, faz todas as flores do mundo desabrochar e perder as pétalas sem que ninguém tenha visto tanta beleza (não sei porque me esforço, ninguém lê isto :)

Fiquem com a música, boa música.



domingo, 24 de maio de 2009

Janis Joplin: Summertime

E as mulheres?!?! Não respeitas as "cotas/quotas"? Aqui temos uma mulher fantástica, cuja voz está no meu pedestal musical. Mas, mais uma vez tenho aqui um erro propositado. Esta música não foi gravada pela Janis, mas pelos "Big Brother & The Holding Company". Neste caso confesso alguma injustiça porque o acompanhamento é perfeito (tirando talvez uns 20 segundos) ;)

Esta música composta por Gershwin (et al.) tem imensas versões (como diria a minha antiga professora Álgebra: Hão Muitas!) mas esta é a "minha" versão.

A voz de Janis leva-me em viagens fantásticas a cada passagem desta faixa. É uma música intemporal e ao mesmo tempo muito "sixty".

Notas: 
  • Uma das músicas mais conhecidas da Janis é "Mercedes Benz" cantada "a cappella" eventualmente não teria esta finalidade. Acontece que Janis morreu antes de o disco estar concluído. O disco do que falo é "Pearl", uma verdadeira pérola musical que recomendo vivamente que, para além do referido "Mercedes Benz" contem faixas tão fantásticas como "Move over", "Cry Baby" e "Me and Bobby McGee".
  • Uma música de Leonard Cohen, refere-se a Janis Joplin em contextos muito "peace and love" (mas mais love ;)
  • As actuações de Janis na sua terra (que adorava mas que também ridiculizava) raramente foram grande coisa, porque sentia-se tão nervosa que exagerava na bebida.
  • Janis pertence ao grupo das celebridades que morreram aos 27 anos (a maldição dos 27)


sexta-feira, 22 de maio de 2009

George Harrison: While my guitar gently weeps

Como é possível este título? George Harrison? Mas esta música está no "White Album" (aka The Beatles) dos Beatles... O compositor desta maravilha é George Harrison, e esta versão é, para mim, só dele! 

O vídeo que vos trago é uma colagem absolutamente fantástica que, confesso, me pára o batimento cardíaco (tenho que arranjar outra expressão, mas o problema é que é isto que me acontece).

George Harrison é o ponto de equilíbrio dos Beatles, é através dele que grande parte das inovações que trouxeram aconteceram. Um exemplo disto é a utilização da Cítara (que espero brevemente também começar a tocar). Com o passar do tempo foi tornando-se cada vez mais importante e a trazer cada vez mais composições fantásticas para os Beatles ("Here comes the Sun", "Something", "I Me Mine", ...)

Se é verdade que gosto muito da versão "original" (White Album), gosto ainda mais desta versão. Confesso-me fã do estilo (one man & one guitar).

A letra da música mostra o "espiritual" que George era: "I look at you all see the love there that's sleeping" / "With every mistake we must surely be learning".

A versão original também entra da famosa saga da suposta morte de Paul McCartney, sobre a qual aconselho os mais interessadoa fazer umas pesquisas ;)

Despeço-me dizendo-vos que a seguir, a minha guitarra irá chorar...


terça-feira, 19 de maio de 2009

Love: Alone Again Or

Para mim, um dos melhores discos de sempre, é o fantástico "Forever Changes" dos Love. A primeira faixa deste disco é o "Alone Again Or" que vos trago hoje. Uma música com claras influências hispânicas mas com ainda mais influências do rock psicadélico dos anos 60.

Arthur Lee, líder incontestável da banda, mas também génio e louco, curiosamente não é o compositor desta música. Brian McLean (embora Arthur Lee tivesse feito das dele na mistura, baixando o nível da voz de Brian e sobrepondo a dele) é o responsável por esta maravilha (e outras que com certeza falarei noutra ocasião).

A letra da música é... psicadélica, embora me parece claro que alguma coisa não está a correr bem numa relação: "You know that i could be in love with almost everyone" e "I will be alone again tonight my dear".

O vídeo que vos deixo é uma versão ao vivo deste fabuloso tema.

Curiosidades: 
  • Arthur Lee foi quem indicou os Doors à companhia Elektra;
  • Neil Young supostamente começou o início da produção deste disco, mas saiu no meio da confusão;
  • Parte do disco foi gravado por músicos convidados, porque a banda estava cheia de problemas;
  • Os Love raramente actuaram fora de LA (Los Angeles) e, supostamente, recusaram Woodstock... Muito longe...